sábado, 5 de setembro de 2015

Sinais que indicam que a criança pode ter autismo

Estamos iniciando agora um estudo sobre autismo, onde pretendo partilhar conhecimentos, estratégias e atividades no intuito de auxiliar todas as pessoas que lidam com estas crianças e aqueles que atuam na área de educação no que se refere à aprendizagem das mesmas.
As manifestações ou sintomas do autismo aparecem sempre antes dos três anos de idade e, ocasionalmente, desde o nascimento embora no primeiro ano sejam pouco perceptíveis, tornando difícil o diagnóstico de autismo neste momento da vida.
Aos oito meses é possível detectar algumas características do autismo.  Os dezoito meses é a idade em que se pode observar alguns comportamentos que alertam sobre o autismo, como a maneira de se comportar, problemas com o contato visual, ausência de resposta ao ser chamado pelo nome, alteração na atenção, dificuldade no jogo simbólico (imitação) e imaginação e problemas com a comunicação não verbal e linguagem. Aos três anos é a idade média em que, atualmente, é diagnosticado o autismo.
Autismo
A “comunicação intencional”, ativa e espontânea que geralmente se desenvolve em uma criança normal de oito ou nove meses, através de seus gestos e vocalizações pré-linguísticas, é muito perturbada ou limitada em crianças com autismo. A ausência do sorriso social, olhar as pessoas, gestos e vocalizações comunicativas, a falta de “apego”, são as características mais evidentes de seu comportamento.
Estas dificuldades se manifestam mais claramente a partir de um ano e meio ou dois anos, idade em que as crianças tendem a ter progressos muito rápidos na aquisição da linguagem em palavras. Muitas vezes acontece que, nesta época do desenvolvimento da linguagem, a criança se mostra ainda mais isolada, excitada, presa a estereótipias ou comportamentos rituais, falta de jogo simbólico, incomunicabilidade e não desenvolve a linguagem ou adquire uma linguagem muito perturbada. Às vezes pode chegar a dizer palavras repetitivamente e sem sentido, ou então permanecer “muda”; algumas crianças adquirem uma extraordinária lentidão, uma linguagem mais funcional. Além disso, não parecem estar interessadas na linguagem dos demais e, muito frequentemente não compreendem mais do que ordens muito simples ou rotinas repetidas. Às vezes parecem não compreender nada.
É importante lembrar que as alterações e raridades da linguagem se dão, de uma maneira ou de outra, em todas as crianças com autismo, ou seja, isso é um dos critérios utilizados para diagnosticar a doença.
Autismo
Muitas vezes, um atraso na fala a partir dos dois anos de idade é o que dá o sinal de alerta aos pais, mesmo quando muitos outros sintomas possam ter estado presente antes. Algumas crianças com autismo tem um desenvolvimento aparentemente normal que chega até a aquisição de uma linguagem funcional, mas que logo se perde ou se altera.
Desta forma é necessário determinar a avaliação quantitativa do autismo através da presença de sinais e sintomas. Não se pode determinar que uma criança tenha autismo por si mesmo. A avaliação do autismo sempre deve ser feita por um profissional especializado – psicopedagogo, neuropediatra, psicomotricista, neurologista, psicólogo.
O autismo afeta cada pessoa de forma diferente, entretanto, há uma série de questões que os pais, professores e outros que cuidam de crianças podem observar e perceber se o indivíduo tem autismo. Vejam os sinais que podem indicar se a criança tem autismo ou algum transtorno relacionado com a comunicação.

Possíveis sinais do autismo

Autismo
– Sofrer qualquer perda de qualquer habilidade de linguagem ou social em qualquer idade;
– Não responder ao seu nome;
– Não poder explicar o que quer;
– Possuir atrasos nas habilidades de linguagem ou na fala;
– Não seguir instruções;
– Por vezes parecer surdo;
– Parecer ouvir algumas vezes e outras não;
– Não indicar ou não saber dizer adeus com a mão;
– Saber dizer ou balbuciar algumas palavras, mas não o fazer;
– Ter acessos de raiva intensos ou violentos;
– Ter comportamentos e movimentos raros;
– Ser hiperativo, pouco cooperativo ou com muita oposição;
– Não saber como se divertir com brinquedos;
– Não retornar sorriso;
– Ter dificuldade em fazer contato visual;
– Ficar “travado” em certas situações, realizando-as uma ou outra vez, sem poder continuar outras tarefas;
– Parecer que prefere brincar sozinho;
– Trazer coisas só para ela;
– Fazer coisas “antes” que as outras crianças;
– Parecer estar em seu próprio mundo;
– Parecer que se desconecta dos outros;
– Não estar interessado nas outras crianças;
– Caminhar nas pontas dos pés;
– Exibir um apego exagerado aos brinquedos, objetos ou horários (por exemplo, sempre estar segurando uma corda, ou ter que colocar as meias, antes que as calças);
– Passar muito tempo alinhando as coisas ou colocando-as em uma determinada ordem.
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texto de Socorro Bernardes
Psicopedagoga, Psicanalista Clínica, Palestrante, Bacharel em Administração de Empresas, Professora do município de Juazeiro-BA na área de Atendimento Educacional Especializado, Escritora/poetisa com livro publicado pela Editora Baraúna e CBJE.

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