sexta-feira, 27 de junho de 2014

Projeto ¨Os Três Porquinhos¨



Um breve relato do que foi a semana da aplicação do Projeto: ¨Os Três  Porquinhos¨. 


Chegamos antes que eles chegassem e colocamos o Livrão em um canto da sala, e ainda na rodinha, após fazermos a oração e cantar algumas músicas, perguntamos se haviam percebido algo diferente na sala, e eles começaram a apontar para tudo que havíamos levado antes como: (calendário, quanto somos, boas vindas, aniversariante...), e então insistimos na pergunta do que havia de diferente naquele dia e alguns disseram ¨o livro, outros disseram ¨o livro dos três porquinhos e então começamos os questionamentos; isso é um livro? mas desse tamanho? E eles disseram sim tia! Então falamos para eles que era um livro sim e que havíamos feito justamente para eles e os mesmos já foram ficando empolgados.
Pedimos para que todos sentassem no chão, então começamos a contar a história, e sempre alguém questionava algo, mostrando real interesse, após a contação, fizemos os questionamentos ( sobre a história), e pedimos para eles recontarem, para que falassem a parte que mais gostaram, esse momento foi muito bom e mais recompensador ainda quando pediram que contássemos novamente a história, dissemos que contaríamos em um outro momento, pois tínhamos que fazer atividade escrita com eles ( para reforçar o aprendizado, e por ser norma da escola).
No dia seguinte, na rodinha, perguntamos que história havia sido trabalhado no dia anterior e todos responderam; ¨os três porquinhos¨ Tia! Conta de novo! mas conforme o plano de aula, era dia de cineminha e ao invés de contarmos novamente a história eles iam assistir a história no DVD, e então é que foi festa mesmo! Eles amaram a idéia, assistiram com animação e empolgação e deram muitas risadas ( principalmente quando o lobo mau queimou o rabo no caldeirão de água quente... achamos que foi a aparte mais esperada por eles) após o filme demos continuidade ao planejamento, e perguntamos se gostaram de assistir ao filme? Se perceberam diferenças entre o que foi lido e o que foi assistido? Discutimos um pouco sobre o assunto e depois realizamos uma atividade complementar, passamos atividade para casa e fizemos também os ensaios para a dramatização na culminância em que aconteceria a encenação da história feita pelas crianças, e lembramos também que ninguém poderia faltar no dia seguinte pois iríamos fazer uma surpresa bem legal!
Então o grande dia chegou! finalmente o ¨ultimo¨ dia do estágio, um alívio para nós por conta da correria e cansaço, mas também com o sabor de dever cumprido e o coração um tanto apertado, enfim...enquanto as crianças estavam no momento da acolhida geral ( que é feita na hora que chegam na escola, antes de irem para suas salas respectivas) nós estávamos na sala dando os últimos retoques, ficou tudo muito lindo, feito com capricho ( como disse a professora Danielle) , nossa professora regente e quando as crianças entraram na sala, ficaram realmente surpresas, alguns perguntaram o que é isso tia? Outros é aniversário de quem? Então perguntamos: nós não dissemos que iríamos fazer uma surpresa para vocês? Então !
A festa foi bem divertida, com músicas para eles dançarem com DVD da galinha pintadinha, tivemos a visita de nossa professora Silvana que se mostrou contente com tudo que viu, e esperou um pouco mais para poder assistir a encenação da história dos três porquinhos feita pelas crianças, foi bom demais! Após a encenação fizemos várias brincadeiras com eles( dança da cadeira, morto vivo...) e depois fomos para a parte que eles mais esperavam ¨o bolo¨ os doces e as lembrancinhas. Acreditamos que eles tenham voltado para casa bem satisfeitos, tanto as crianças como nós ( apesar do cansaço).
Uma atividade bastante gratificante é a de contar histórias, as carinhas que as crianças fazem não tem preço. Principalmente quando apresentamos o livrão conforme o plano de aula. É um momento muito valioso, que a criança desenvolve o ouvir, sonhar, pensar, questionar, pois a todo momento queriam saber se o lobo caiu, se quebrou a perna, morreu? saiu correndo?.... dentre tantos outros questionamentos. Ficamos muito felizes por termos a oportunidade de ver a alegria estampada naquelas carinhas!
Algumas atividades desenvolvidas na sala de aula: Colagem com palito, colagem com E.V.A, colagem com barbante , quando trabalhamos as moradias dos três porquinhos, pinturas, desenho livre, gravuras, manuseio de materiais, jogos matemáticos, numerais, alfabeto  móvel de cartas de baralho, alfabeto móvel com tampinhas de garrafa pet, livros infantis, jogos para desenvolver a oralidade leitura e escrita, livrão com a história dos três porquinhos, músicas, massa de modelar, confecção das casas para a apresentação do teatro, quebra- cabeça, entre outras.
Acreditamos que a segunda semana na qual aplicamos o projeto de leitura foi a mais interessante e a melhor semana para eles, não que eles tenham dito, mas acreditamos que essa semana foi mais lúdica. Por isso entendemos que para esse público que é a Educação Infantil as aulas precisam ser mais soltas, mais alegres mais divertidas para que eles possa assimilar de uma maneira mais fácil o que o professor quer passar.

Avaliação na Educação Infantil



 AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
   
Rosilene Batista de oliveira [1]
            Rebeca Rusciolelli Miranda [2]
RESUMO
Este artigo tem como objetivo refletir sobre a avaliação na educação infantil. Sabemos que a avaliação nessa modalidade de ensino não tem a intencionalidade de atribuições de notas ou conceitos e portanto, deve ser realizada através de relatórios, observações e principalmente registros. O processo avaliativo gera por parte do professor um olhar subjetivo em relação ao desenvolvimento infantil,  pois o ato de avaliar requer por parte do professor uma atitude de acolhimento e o ato de ensinar e aprender não envolve somente o aspecto cognitivo, mas sentimentos. O fenômeno da avaliação assusta os educadores, pois temem em rotular seus alunos criando certos estigmas que os acompanham por toda a vida escolar. Entretanto, avaliar faz parte do cotidiano de nossas escolas e sempre estará na pauta das discussões, seja em qualquer esfera, desde a educação infantil até o ensino superior.

Palavras- chave: avaliação; registros; educação infantil; subjetividade.
INTRODUÇÃO
A avaliação está presente no nosso cotidiano, ela está intrísicamente ligada a nossa história. Avaliamos sempre que pensamos para onde vamos, o que vamos fazer, dentre tantas questões que nos acerca podemos entender, então, a avaliação como algo inerente ao ser humano e portanto, nos processos de aprendizagem.
            A avaliação é um dos temas mais controversos no campo educacional. Sabe-se que a avaliação tem servido como um instrumento de controle social pois produz seletividade e promove a exclusão. Porém cabe a nós educadores, romper com essa idéia ao menos parcialmente. A tarefa educativa precisa ser amplamente analisada e documentada, o acompanhamento do processo de aprendizagem de cada sujeito alí envolvido é a única forma de não valorizar apenas um produto final.
            A avaliação tem que ser envolvida em todos os momentos e caminhar junto com o aprendizado, não se aprende sem avaliar, ela se destina a obter informações e subsídios capazes de favorecer o desenvolvimento do sujeito e a ampliação de seus conhecimentos. Avaliar não é medir, muito mais que isso ela apresenta um valor social e político fundamental no fazer educativo.
            No que se refere às crianças, a avaliação deve permitir que elas acompanhem suas conquistas e suas possibilidades de desenvolvimento ao longo de seu processo de aprendizagem, para que isso obtenha exito o professor deve compartilhar com elas aquelas observações que sinalizam seus avanços e suas possibilidades de superações de dificuldades.
            Assim, no espaço da educação infantil, a escola tem como obrigação oferecer-lhe um ambiente físico e social onde essa criança se sinta acolhida e segura para poder enfrentar seus próprios desafios à medida que eles vão surgindo e possibilitando-lhe aumentar o conhecimento de sí mesma dos outros inseridos aquele processo.
            Portanto considerando todos esses aspectos supracitados, podemos notar que há uma avaliação contínua onde todos os aspectos do desenvolvimento da criança possam ser valorizados e em especial na educação infantil que representa o primeiro contato da criança com a instituição educacional essas expêriencias vindas dela podem marcar profundamente a construção do conhecimento pela criança e sua visão sobre a escola.

Aspectos legais da avaliação na Educação Infantil na legislação educacional  brasileira

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDBEN nº 9394/96, na secão II, referente à Educação Infantil, em seu artigo 31, preconiza que a avaliação far-se-á mediante o acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental.
 O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil( BRASIL,1998) propõe uma avaliação formativa com ênfase no processo de desenvolvimento infantil abrangendo todos os aspectos físicos, social e psícológico da criança.
A esse respeito, julgamos oportunas as considerações de Hoffmann (2002), quando afirma que: ¨A avaliação escolar, hoje, só faz sentido se tiver o íntuito de buscar caminhos para a melhor aprendizagem¨ (p.27).
             Não é de hoje que existe um modelo de avaliação formativa, a diferença é que ela é vista como o melhor caminho para garantir a evolução de todos alunos, uma espécie de passo a frente em relação a avaliação conhecida como somativa.
Para muitos professores, antes valia o ensinar, hoje o ênfase está no aprender, isso significa uma mudança em quase todos os níveis educacionais: currículo, gestão escolar, organização da sala de aula, tipos de atividades e, claro, o próprio jeito de avaliar a turma.
O professor deixa de ser aquele que passa as informações para virar quem, numa parceria entre crianças e adolescentes, prepara todos para que elaborem seu conhecimento. Em vez de despejar conteúdos em frente à classe, ele agora pauta seu trabalho no jeito de fazer seus alunos desenvolverem formas de aplicar esse conhecimento no dia-a-dia. 
            Para que a avaliação sirva à aprendizagem é essencial conhecer cada aluno e suas necessidades. Assim o professor poderá pensar em caminhos para que todos alcancem os objetivos. O importante, não é identificar problemas de aprendizagem, mas necessidades.                                
           Conforme as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, Resolução nº 5, de 17 de dezembro de 2009, art. 3º, para que a avaliação torne-se instrumento de acompanhamento das aprendizagens infantil é necessário que o curriculo de educação infantil deverá compor um conjunto de práticas que buscam articular as expêriencias e os saberes das crianças com conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural, artístico, ambiental, científico e tecnológico de modo a promover o desenvolvimento integral de crianças de 0 a 5 anos de idade.
         Nessa perspectiva, considerando a Educação Infantil como primeira etapa da Educação Básica que tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança em seus aspectos físicos, afetivo, intelectual, línguistico e social, complementando a ação da família e da comunidade, inferimos que avaliar na Educação Infantil requer por parte do professor o objetivo de desenvolver algumas capacidades, tais como: ampliar relações sociais na interação com outras crianças e adultos, conhecer seu próprio corpo, brincar e se expressar das mais variadas formas, utilizar diferentes linguagens para se comunicar, entre outros. A instituição de Educação Infantil deverá proporcionar às crianças momentos que as façam crescer, refletir e tomar decisões direcionadas ao aprendizado com coerência e justiça.  
        


Como avaliar na educação infantil

O trabalho com crianças pequenas, especialmente na pré-escola deve levar em conta que a criança é um sujeito histórico e de direitos que, nas interações, relações e práticas cotidianas que a vivência constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade produzindo cultura.
        Como bem nos ensinou Rousseau (1712-1778), que a criança não é um adulto em miniatura, a mesma precisa de liberdade para viver e aproveitar cada fase da sua vida em seu devido tempo.                                                                         
         Compreender a criança como centro da ação avaliativa resume- se em observa-la e refletir o significado de cada momento de convivencia com ela estabelecer a ação avaliativa no seu dia-dia da educação infantil exige a consideração da criança como razão fundamental dessa prática, assim como exige tomar consciência de que toda e qualquer ação do educador têm por base uma intenção.
           De acordo com Micarello (2010), em seu estudo acerca da transições na avaliação, ela nos faz refletir que a avaliação deve objetivar um conhecimento mais aprofundado das crianças para que os adultos sejam capazes de mediar, de forma mais adequada, as relações entre elas e o ambiente no qual estão inseridas. Consequentemente, o ato de avaliar não pode levar a uma classificação das crianças em ¨aptas¨ou ¨não aptas¨, ¨prontas¨ou ¨não prontas¨, ¨maduras¨ou ¨imaturas¨ e tampouco, pode servir de instrumento para que as crianças sejam retidas em alguma etapa da educação infantil ou para que tenham seu ingresso no ensino fundamental adiado.
               O ato de avaliar requer uma atitude de acolhimento do adulto em relação as formas peculiares pelas quais as crianças se relacionam com o mundo e atribui sentido às suas experiências. Conceituar o termo subjetividade na avaliação é sensibilizar um olhar para um processo que necessita ser ressignificado em educação, o que experimentamos, processamos cognitivamente e passamos a conhecer é necessariamente construido a partir de nossos ¨blocos de construção¨, e não pode ser explicado de outra forma que não em termos de nossos próprios meios de construção.
              Não há como separar o aspecto subjetivo da relação ensino-aprendizagem tendo em vista que o próprio conhecimento é interpretativo. Isso significa que na relação aprendente – objeto – ensinante há não só o aspecto cognitivo, mas pensamento, sentimento, motivação, valores, crenças, cultura, tanto de quem ensina quanto de quem aprende.
             Nessa perpectiva, a organização de planejamento pedagógico centrado na criança é importante, poi requer a criação de procedimentos para acompanhamento e avaliação do desenvolvimento das crianças
           Considerando a importância das observações se faz necessário que elas sejam registradas para que não se percam e possam ser compartilhadas entre os docentes, com as crianças e tambem com as famílias.
            Os registros são outros tipos de instrumento que qualifica o processo de avaliação na educação infantil. Como as crianças e as famílias vivem o momento da chegada à instituição? Como as crianças reagem à presença dos diferentes adultos que interagem com elas? Como reagem à presença de outras crianças e que reações provocam nas outras crianças? Que atitude adota quando brinca sozinha ou com os companheiros? Como respondem as propostas feitas pelo professor? Que temas e/ou objetos mais se interessam?
           O professor pode manter um caderno no qual registre fatos relativos a cada uma das crianças individualmente: aspectos da vida familiar, como comentários que as crianças ou os pais fazem sobre os acontecimentos de casa.
           Os registros devem compor desde a vivência da criança na escola, parceiros com os quais prefere brincar, desentendimentos, comentários que as mesmas fazem sobre temas que estejam sendo discutidos, hábitos, preferências, dentre outros aspectos que se julguem relevantes.
          As crianças também avaliam suas experiências na instituição e expressam essa avaliação através de múltiplas linguagens: dos gestos, das falas, do desenho, da escrita, e tambem a auto-avaliação.
           Outro rico instrumento de avaliação é o portifólio. Segundo Micarello (2010), este não tem a função de registrar apenas os produtos das atividades, mas devem refletir o processo de produção, por isso pode conter também fotos, objetos, coleções. É importante que a cada dia, seja feito pelo menos um registro, pois isso possibilita ao professor um retrato dos passos percorridos na construção das aprendizagens.
           Enfim, a prática da avaliação, para manifestar-se como tal, deve apontar para a busca do melhor para os educandos, por isso ela é diagnóstica e não voltada para a seleção de uns poucos, como se comportam os exames. Por sí, a avaliação, como dissemos, é inclusiva e, por isso mesmo, democrática e amorosa. Podemos ver que muitas são as alternativas para acompanhar o desenvolvimento de nossas crianças, e já que estamos diante de dessas mesmas modalidades, podemos assim encerrar afirmando que fica o desafio e o comprometimento de utilizarmos a avaliação na educação infantil somente com a intenção de formação desse sujeito e não para classificá-los.





REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BRASIL. Diretrizes Nacionais Curriculares para a Educação Infantil – CNE/CEB – 05, 2009
_______ Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 23 dez.1996
Consultoria Pública:
HOFFMANN, Jussara. Avaliar para Promover. 2.ed. Porto Alegre: Editora Mediação, 2002
 _________________ Avaliação. Mito e desafio, Uma Perspectiva Construtivista, 38º ed.. Porto Alegre: Editora Mediação, 2007
MICARELLO, Hilda: Avaliação e transições na Educação Infantil  Consulta Pública: Brasília,2009. Acesso em: potal. Mec.gov.br


[1] Graduanda do curso de Pedagogia da Faculdade Unime – União Metropolitana de Ensino de Itabuna, Bahia, 2013. Artigo apresentado a discíplina Fundamentos Metodólogicos da Educação Infantil.


[2] Graduanda do curso de Pedagogia da Faculdade Unime – União Metropolitana de Ensino de Itabuna, Bahia, 2013. Artigo apresentado a discíplina Fundamentos Metodólogicos da Educação Infantil.