segunda-feira, 14 de março de 2016

Como identificar o autismo na infância

 O autismo é um transtorno infantil que pode acontecer mais em meninos que em meninas.
As habilidades de uma criança autista podem ser altas ou baixas, dependendo tanto do nível de coeficiente intelectual, como da capacidade de comunicação verbal.
As causas do autismo ainda são desconhecidas. Mas existem algumas teorias:
1. As reações da criança autista e seu ambiente e meio social. Fala-se que o autista é assim porque não recebeu afetividade quando era pequeno. Que teve pais distantes, frios e demasiadamente intelectuais.
2. Deficiências e anormalidades cognitivas. Parece existir alguma base neurológica ainda que não esteja comprovada.
3. Certos processos bioquímicos básicos. Foi encontrado um excesso de secreção de serotonina nas plaquetas dos autistas.
Uma criança autista tem um “olhar que não olha”, mas que traspassa. No lactante, pode-se observar um balbucio monótono do som, balbucio tardio, e uma falta de contato com seu ambiente, assim como de uma linguagem gestual. Não segue a mãe e pode distrair-se com um objeto sem saber para que serve.
Na etapa pré-escolar se mostra estranho, não fala. Custa-lhe assumir-se e identificar aos demais. Não mostra contato de forma alguma. Podem apresentar condutas agressivas inclusive consigo mesma. Outra característica do autismo é a tendência a realizar atividades de maneira repetitiva. A criança autista pode dar voltas como um pião, fazer movimentos rítmicos com seu corpo tal como agitar os braços.
Os autistas com alto nível funcional podem repetir os comerciais de televisão ou realizar rituais complexos ao deitar-se para dormir. Na adolescência, fala-se que 1/3 dos autistas podem sofrer ataques epiléticos o qual se faz pensar em uma causa nervosa.

Sinais que podem indicar autismo infantil

- Acentuada falta de reconhecimento da existência ou dos sentimentos dos demais.
- Ausência de busca de consolo em momentos de aflição.
- Ausência de capacidade de imitação.
- Ausência de relação social.
- Ausência de vias de comunicação adequadas.
- Anormalidade na comunicação não verbal.
- Ausência de atividade imaginativa, como brincar de ser adulto.
- Marcada anomalia na emissão da linguagem com afetação.
- Anomalia na forma e conteúdo da linguagem.
- Movimentos corporais estereotipados.
- Preocupação persistente por parte de objetos.
- Intensa aflição em aspectos insignificantes do ambiente.
- Insistência irracional em seguir rotinas com todos seus detalhes.
- Limitação marcada de interesses, com concentração em um interesse particular.

Existe tratamento?

A educação especial é o tratamento fundamental e pode dar-se na escola ou na dedicação muito individualizada. Pode-se recorrer à psicoterapia ainda que os resultados sejam escassos devido a que o déficit cognitivo e da linguagem dificultam a terapêutica. O apoio familiar é de grande utilidade. Os pais devem saber que a alteração autista não é um transtorno relacional afetivo de criança.
Deve-se considerar também o tratamento farmacológico, que deverá ser indicado por um médico especialista.

Pode-se curar o autismo?

O autismo não tem cura. É uma síndrome que definiu, em 1943, um psiquiatra de origem austríaca chamado Leo Kanner. Hoje em dia, 50 anos depois, ainda não se conhecem as causas que originam essa grave dificuldade para relacionar-se.

O que os pais devem fazer?

Os pais que suspeitam que seu filho pode ser autista, devem consultar um pediatra para que os indiquem um psiquiatra de crianças e adolescentes, que podem diagnosticar com certeza o autismo, seu nível de gravidade e determinar as medidas educacionais apropriadas. O autismo é uma enfermidade, e as crianças autistas podem ter uma incapacidade séria para toda a vida. No entanto, com o tratamento adequado, algumas crianças autistas podem desenvolver certos aspectos de independência em suas vidas.
Os pais devem animar seus filhos autistas para que desenvolvam essas habilidades que fazem uso dos seus pontos fortes de maneira que se sintam bem consigo mesmos. O psiquiatra, além de tratar a criança, pode ajudar a família a resolver o stress; por exemplo, pode ajudar aos irmãozinhos, que possam sentir-se ignorados pelo cuidado que requer a criança autista, ou que se sintam constrangidos de levarem seus amiguinhos à casa. O psiquiatra de crianças e adolescentes pode ajudar aos pais a resolverem os problemas emocionais que surjam como resultado de conviver com uma criança autista, e orientá-los de maneira que possam criar um ambiente favorável para o desenvolvimento e o ensino da criança.
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Déficit de atenção: 8 sinais aos quais os pais devem ficar atentos


O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é uma doença cercada de controvérsia. Por atingir principalmente crianças, muito pais enxergam problemas onde eles não existem — sintomas isolados são comuns nesta fase da vida. Também há quem não preste atenção ao conjunto de sintomas que a caracterizam: quadros de desatenção, hiperatividade e impulsividade de maneira exacerbada. 
Há um grande número de crianças com a doença, reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Segundo dados da Associação Brasileira de Déficit de Atenção (ABDA), cerca de 3% a 5% das crianças brasileiras sofrem de TDAH, das quais de 60% a 85% permanecem com o transtorno na adolescência.
É preciso enfrentá-la cedo. Quando não diagnosticada e tratada, pode trazer sérios prejuízos a curto e longo prazo. Em crianças, é comum a queda no rendimento escolar, por causa de desorganização, da falta de paciência para assistir às aulas e estudar. Na fase adulta, o problema pode ser a causa de uma severa baixa auto-estima, além de afetar os relacionamentos interpessoais, uma vez que a pessoa tem dificuldades em se ajustar a horários e compromissos e, frequentemente, não consegue prestar atenção no parceiro.  
Confira abaixo oito desses sintomas que, quando aparecem com freqüência e em mais de um ambiente (escola e casa, por exemplo), podem servir como um alerta de que chegou a hora de procurar ajuda profissional.

DISTRAÇÃO
As crianças com TDAH perdem facilmente o foco das atividades quando há algum estímulo do ambiente externo, como barulhos ou movimentações. Elas também se perdem em pensamentos “internos” e chegam a dar a impressão de serem “avoadas”. Essas distrações podem prejudicar o aprendizado, levando o aluno a ter um desempenho muito abaixo do esperado.

PERDA DE OBJETOS
Perder coisas necessárias para as tarefas e atividades, tais como brinquedos, obrigações escolares, lápis, livros ou ferramentas, é quase uma rotina. A criança chega a perder o mesmo objeto diversas vezes e esquece rapidamente do que lhe é dado.

FALTA DE CONCENTRAÇÃO NA LIÇÃO ESCOLAR
Impaciente, não consegue manter a atenção por muito tempo. Por isso tem dificuldade em terminar a tarefa escolar, pois não consegue se manter concentrada do começo ao fim, e acaba se levantando, andando pela casa, brincando com o irmão, fazendo desenhos...

MOVIMENTAÇÃO CONSTANTE
Traço típico da hiperatividade, é comum que mãos e pés estejam sempre em movimento, já que ficar parado é praticamente impossível. A criança acaba se levantando toda hora na sala de aula e costuma subir em móveis e em situações nas quais isso é inapropriado. Para os pais, é como se o filho estivesse “ligado na tomada”.
BRINCADEIRAS E PASSEIOS AGITADOS
Existe grande dificuldade em participar de atividades calmas e em silêncio, mesmo quando elas são prazerosas. Em vez disso, preferem brincadeiras nas quais possam correr e gritar à vontade. Por isso costumam ser vetados de algumas festas de aniversário ou passeios escolares.
FALTA DE PACIÊNCIA
Tendem a ser impulsivas e não conseguem esperar pela sua vez em filas de espera em lojas, cinema ou mesmo para brincar. É comum ainda que não esperem pelo fim da pergunta para darem uma resposta e que cheguem a interromper outras pessoas.
DESATENÇÃO
Distraída e sem conseguir prestar atenção na conversa, dificilmente consegue se lembrar de um pedido dos pais ou mesmo de uma regra da casa. A sensação que se tem é a de que ela vive “ no mundo da lua”. É comum, portanto, que os pais acabem repetindo inúmeras vezes a mesma coisa para a criança, que nunca se lembra do que foi dito.
IMPULSIVIDADE
A criança com TDAH não tem paciência nem para concluir um pensamento. Assim, ela acaba agindo sem pensar e chega a ser impulsiva e explosiva em alguns momentos. Os rompantes podem ser vistos, por exemplo, durante brincadeiras com os demais colegas que culminem em brigas ou discussões.

Fonte: VEJA
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quinta-feira, 10 de março de 2016

Deficiência Intelectual: Aspectos conceituais e terminológicos

Rosilene Batista de Oliveira


RESUMO
Este artigo tem como objetivo refletir a cerca da importância do que é a Deficiência Intelectual, sua história, suas terminologias e de como se dá todo esse processo, sabe-se que a temática aqui abordada apresenta desafios a aqueles que se interessam pelo assunto. Como o educador deve intervir ao se deparar com alunos que apresentam essas necessidades educativas? E a escola está preparada para receber esse contingente que cresce de maneira grandiosa? Sabe-se que a prática educativa com estas crianças demandam ações-reflexões por parte de nós educadores engajados nesta causa apaixonante a qual me refiro que é a Educação Especial.
Palavras chave: Deficiência Intelectual; necessidades educativas especiais; prática educativa.

ABSTRACT
This article aims to reflect on the importance of what is Intellectual Disabilities, its history, its terminology and how is this whole process, it is known that the issue addressed here presents challenges to those interested in the subject. As the educator must intervene when faced with students who present these educational needs? And the school is prepared to receive this number growing in a big way? It is known that the educational practice with these children require action-reflection on the part of us educators engaged in this exciting cause which I am referring to is the Special Education.
Keywords: Intellectual Disability; special educational needs; educational practice.
         



INTRODUÇÃO

O que vem a ser a Deficiência Intelectual

 A Deficiência Intelectual é apresentada na criança como um atraso no seu desenvolvimento, o individuo demostra dificuldades para aprender e realizar tarefas do dia a dia e a interagir com o meio, ou seja, existe um comprometimento cognitivo, que acontece antes dessa pessoa completar 18 anos, e que prejudica suas habilidades adaptativas.                                                                                                                         Tendo em vista, que a pessoa com deficiência intelectual é possuidora de várias limitações como a capacidade de argumentação que pode ser afetada também, faz-se necessário que esta seja estimulada para facilitar o seu processo para que esse sujeito possa adquirir sua independência em suas relações com o mundo.                                                                         É observado que as causas podem ser as mais variadas e as mais complexas também, desde a genética que é a mais comum com as complicações perinatais, á formação fetal ou problemas na gravidez. A desnutrição severa é um fator grande, e o envenenamento por metais pesados durante a infância, podem acarretar problemas graves para o desenvolvimento intelectual.                                                                                                     O objetivo desse trabalho é ampliar e aprofundar-se na análise em questão, porém ressalto que o mesmo não tem nenhuma característica pretenciosa ou alguma ideia inovadora, mas tem sim um desejo, o de mostrar a trajetória deste transtorno que é a Deficiência Intelectual, buscando obter através desta pesquisa elementos significativos para melhor compreensão e explicação do tema proposto.                                                                                     
Entenda-se que este não estará por acabado a discussão sobre a matéria, o objeto de estudo foi analisado a partir de uma conjuntura de vários teóricos que utilizei como embasamento de minha pesquisa.                                                                                       Para a construção desse objeto de estudo, foram colhidas várias informações como: artigos e pesquisas sobre o assunto na internet, documentos oficiais publicados por órgãos federais, livros de vários autores que utilizei como base teórica para o desenvolvimento desta pesquisa.                                                                                                        Pretendem-se com este estudo, resultados que possam contribuir para crescimento de futuras pesquisas sobre a temática em questão, principalmente na área da educação especial que é o foco principal desse trabalho, aos portadores de deficiência e dos alunos que apresentam necessidades educativas especiais.

Breve histórico da construção da Educação Inclusiva
         
Para que compreendamos de como se deu todo o processo histórico da Educação Inclusiva em nosso país, faz- se necessário buscarmos com mais afinco de como o homem vem buscando sua inserção em uma sociedade marcada pela exclusão das minorias. Este seguimento histórico foi identificado pela segregação e confirmado pela exclusão desde então.                                                                                                                                    Faz- se necessário lembrar de que termos como ¨deficientes¨, ¨deficiência¨, ¨portador de deficiência¨, ¨portador de necessidades especiais¨, surgiram mais atualmente, no século XX. Porém quando referirmos à períodos históricos, será usados termos que na atualidade não são consideradas politicamente corretos, mas que eram utilizados até então.                   Nota-se que, na antiguidade, através da literatura, nas cidades da Grécia e Roma, a sociedade era dividida em duas classes; a nobreza que detinham o poder politico, econômico e social, e os menos favorecidos que trabalham para servir a fidalguia, segundo Aranha, ao se referir a cerca da visão histórica.
[...] Neste contexto, a vida de um homem só tinha valor à medida que este fosse concedido pela nobreza, em função de suas características pessoais ou em função da utilidade prática que ele representasse para a realização de seus desejos e atendimento a suas necessidades. ( MEC, 2005)
            Percebe-se que era o povo quem trabalhava e produzia para que a nobreza pudesse usufruir, e o que restava para essa classe trabalhadora eram as sobras. Nesta contextura, as pessoas que nascessem com algum tipo de deficiência, eram jogadas ao infortúnio e abandonadas a sua própria sorte chegando até mesmo serem mortas por entenderem que eram pessoas amaldiçoadas.                                                                                              Nota-se que na Idade Média, com o surgimento do Cristianismo, agora quem detinha o poder era a Igreja Católica, que se fortalecia a olhos vistos e com isso o Clero que era um seguimento da igreja, constituída por pessoas da aristocracia, que detinham o poder de excomungar aqueles a quem os aborrecessem, a situação do povo da época anterior não mudara.                                                                                                                                    Neste período da história que antecede o século XVI, as pessoas que nascessem doentes ou defeituosas e/ou mentalmente afetadas (seguramente deficientes físicos, mentais) em detrimento do crescimento das ideias cristãs, estas pessoas já não eram mais exterminadas, porém era abandonada a sua própria sorte.                                                      A partir do século XIII, a situação começa a mudar um pouco, pois começam a surgir algumas instituições que passam a recolher os deficientes mentais, neste contexto a igreja assumia o papel de disseminar a educação, as escolas funcionavam anexas as catedrais ou em mosteiros, e seu papel foi determinante para o nosso legado educacional.                    Entretanto vou me ater a falar somente em três grandes pesquisadores que deram a sua contribuição para o desenvolvimento da educação especial, porem sabe-se da existência de grandes nomes na evolução desse seguimento educativo tão importante na vida de nossos educandos.                                                                                                             Segundo relatos de Mazzotta (2005), que no século XIX, é percebido indícios do atendimento educacional aos débeis¨ ou ¨deficientes mentais¨, e foi o médico e psiquiatra alienista Jean Marc Itard (1774 – 1838) que mostrou através de pesquisas com um garoto selvagem chamado Vitor, capturado em uma floresta, na França por volta do ano de 1800, o qual ele trabalhou com esse menino durante cinco anos.·.
 [...] Embora obtivesse algum sucesso na educação de Vitor, a maioria das autoridades, foi levada a crer mais tarde que o menino tinha retardamento mental grave e fora abandonado pelos pais pouco antes da captura. Apesar disso, a metodologia de ensino de ensino de itard ainda hoje é moderna. ( MAZZOTTA, 2005,p.21)
Ele cogitou a ideia de que o comportamento do menino era parecido com um animal, era decorrente pelo fato do garoto viver na floresta longe do convívio social, Edward Seguin (1812 – 1880) médico, pupilo de Itard, acreditava que a deficiência mental era proveniente de fraqueza do sistema nervoso, e também em sua cura a partir de um processo de formação motor e sensorial, ao desenvolver os músculos e sentido. Seguin acreditava no potencial de seus alunos, independente do seu nível de retardo mental                                Ele deu seguimento em suas pesquisas e desenvolveu materiais didáticos para que professores pudessem trabalhar com vários alunos ao invés de um por vez, ele criou um currículo diferente que atendessem as necessidades de crianças retardadas mentais, podem-se relatar também de uma importante educadora, que deu sua contribuição na evolução da educação especial, que foi Maria Montessori (1870 – 1956) médica italiana, que aperfeiçoou os processos de Seguin e Itard                                                                Suas técnicas de treinamento para crianças com retardo mental e enfatizou a utilização de materiais didáticos, dentre eles são: blocos, encaixes, objetos coloridos, letras em relevo e recortes, Montessori acreditava que o aprendizado a partir com a colaboração desses materiais se dariam de forma mais eficaz e de melhor compreensão para as crianças.           Essa técnica é conhecida como método Montessoriano, o qual leva o nome da autora, já que foi a mesma que o criou, ela acreditava que o aluno assume sua obrigação de responder pelos próprios atos no processo pedagógico, o saber não é imposto ao aluno, mas sim construído pelo mesmo.                                                       Entretanto, se faz necessário o apoio com uso de materiais didáticos, incitará os aspectos sensoriais, motores, intelectuais e racionais do educando, que porventura aprenderá a manipular esse tipo de material, aguçando em si a potencialidade imaginativa e juntamente com o desejo de conhecer algo nunca visto.                                                                                                Portanto, na metodologia, o professor como mediador de todo esse processo insigne, deve estar sempre atento e dispor de para que se possa trabalhar com seus alunos no formato circular e com várias estantes com muitos livros e material didático e lúdico para o manuseio de seus alunos, e dessa forma a criança terá a liberdade de escolher com que objeto ela vai utilizar.                                                                                                    Cabe aqui salientar que Maria Montessori, não só se angustiava com relação à educação dos alunos, Porem também com a formação dos professores em detrimento a todo o processo educativo.
A Educação Especial no Brasil                                                                                                                 
Jannuzzi (2004) faz uma análise acerca dos caminhos em que foram percorridas as ações em relação à educação dos deficientes em nosso país na década de 70, onde se destacava como um marco, possibilitando o inicia de sua trajetória.                                                                                                                           Percebem-se nesta época que vários fatores foram ressaltados para dar evidencia as ações em prol das pessoas com necessidades educativas especiais, segundo Jannuzzi (2004) bem como:
[...] Declaração Universal dos Direitos Humanos, aprovada em París em 10 de dezembro de 1948; Declaração dos Direito da Criança, proclamada pela ONU em 20 de novembro de 1959; Declaração das Pessoas Mentalmente Retardadas (Assembleia Geral das Nações Unidas) de 20 de dezembro de 1971(resolução 2.856) (XXVI), que incluíram o direito á educação, treinamento, reabilitação e orientação que possibilitassem o desenvolvimento máximo de sua capacidade, o máximo de seu potencial e o direito á vida em família (JANNUZZI apud PIRES, 1974, p. 93).
Entretanto, segundo Mazzotta (2005), quando fala a cerca da Educação Especial em nosso país, ele nos relata que esse acontecimento deu-se na década de 50, sendo ainda o imperador D. Pedro II, que concretizou esse feito formalmente na data de 12 de setembro de 1854, e o mesmo fundou no Rio de Janeiro o Instituto para cegos.                                                                                                                                    Sendo, portanto, o Imperial Instituto para meninos cegos, que em 24 de janeiro de 1891, através de um decreto de nº 1.320, essa escola passou a ser denominada como Instituto Benjamin Constant (IBC).                                                                                                       Vale salientar, que após a sua inauguração pode ser percebido que os métodos de aprendizagens oferecidos aos alunos eram através de oficinas, para os meninos era ensinado o oficio de tipografia e encadernação e as meninas o tricô, podemos então perceber de como se era precário o atendimento educacional oferecido aos alunos.                 Porém, ainda segundo Mazzotta, foi a partir de 1872, com a inauguração de outros institutos, pode-se pensar na educação para os alunos com necessidades educativas especiais que crescia a cada ano, e em 1883 no 1º Congresso de Instrução Publica, convocado pelo então Imperador, foi configurado uma sugestão de um currículo que pudesse atender esse publico tão expressivo, também se pensou na formação do professor para surdos e cegos, e com o apoio do governo imperial, obtiveram recursos financeiros para a sistematização o funcionamento dos institutos.                                                   Todavia, o que se refere aos portadores de deficiência mental, na primeira metade do Século XX, mas precisamente em 1950, Mazzotta prossegue e deixa evidenciado em sua obra, que havia quarenta estabelecimentos de ensino regular mantidos pelo poder público em prol ao atendimento de pessoas com necessidades educativas especiais.                       Segundo relatos da professora Simone Rocha Matos em seu artigo acerca da educação especial, ela nos informa que em 1935, em Minas Gerais, a professora Helena Antipoff, criou a Escola Estadual Instituto Pestalozzi, para crianças com algum. tipo. de distúrbio de conduta e deficiência mental, e em 1954, foi criada no Rio de Janeiro, a primeira APAE, que se multiplicou por todo o Território Nacional Brasileiro, e em 1999, a Federação Nacional das APAES – a FENAPAE, completou um total de 1600 entidades filiadas.

O que querem as APAES?

As APAES, Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais, lidam com o atendimento ás pessoas com deficiência intelectual ou múltipla, seu papel principal é incluir a criança com deficiência à sociedade, a pessoa que possui essas necessidades, elas tem função social, portanto ela pode contribuir com seu papel na sociedade, e é isso que as APAES procuram a inserção da pessoa com deficiência na sociedade.                                               Sua missão, é prestar serviço de assistência social no que diz respeito à melhoria de qualidade de vida desse sujeito, ela busca conscientiza-lo, preparando-o para que o mesmo não se sinta excluído, mas sim conscientes de seus direitos e deveres diante da sociedade, onde estará apto para desenvolver-se como cidadão pleno.


O que preconizam as leis?

As concepções educacionais contemporâneas partem do argumento de que a educação é um direito fundamental de todo o cidadão e, como tal, sua observação é assegurada através do que se garante a Constituição. É dentro dessa visão social democrática, que os direitos ã educação devem estar embasados.                                                                            Seguindo nesse formato, as recomendações nacionais e internacionais previstas na Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiências (ONU).                                                                                                                                   Segundo relatos da pedagoga Judith Camargo Curiel de Braga (2012), ao falar acerca das Bases Legais da educação inclusiva, que é fundamentalmente importante ressaltar o conceito de necessidades educativas especiais e destaca a interação das características individuais de cada aluno no seu ambiente escolar e social, reivindicando a atenção do ensino público para o estimulo de atender as diferenças de cada um.                                     Faz-se necessário a compreensão quando referirmos ao termo deficiência intelectual, pois o mesmo é o mais adequado para mencionar ao funcionamento do intelecto e não na mente em sua totalidade, e em equivalência com as tendências contemporâneas da educação especial, preferiu-se utilizar a expressão deficiência intelectual em agravo da deficiência mental.                                                                                                                 De acordo com MAZZOTTA (2005, p.67 a 69), diz que embora a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Especial nº 4.024/61, assistir o direito da pessoa com deficiência á educação, ela realmente só se tornou objeto de tratamento Constitucional a partir de 1967 e 1969, quando nossa Constituição Brasileira faz referencia ã Educação Especial.                                                                                                                   Posteriormente, a lei por nº 5.962/71 renovou o tratamento especial á aqueles alunos que apresentam deficiências físicas ou mentais e aqueles que se encontra com algum tipo de atraso quanto à idade regular de matrícula, e também os superdotados, dando indícios de uma educação enquadrada no sistema geral de educação.
Nesses termos, tanto se pode entender que tal recomendação contraria o preceituado do artigo 88 da lei 4.024/61, como também que, embora desenvolvida através de serviços especiais, a educação dos excepcionais pode enquadrar-se no sistema geral de educação (MAZZOTTA, 2005, p.69).
Faz-se necessário a compreensão quando referirmo-nos ao termo deficiência intelectual, pois o mesmo é o mais adequado para especificar ao funcionamento do intelecto e não da mente em sua totalidade, e em acordo com o movimento atual da educação especial, preferiu-se utilizar essa expressão em agravo do termo deficiência mental.                                                                                                                             Entretanto, quando falamos em normas para a educação especial, não podemos deixar de falar do Estatuto da Criança e do Adolescente a ECA, o qual foi estabelecido pela lei por nº 8.069, de 13 de julho do ano de 1990, o mesmo faz referencia às crianças de (0 a 12 anos incompletos) e adolescentes (de 12 a 18 anos) e, excepcionalmente a pessoas de 18 a 21 anos.··.
    Vale lembrar, no entanto, que este Estatuto é o conjunto dos direitos e deveres legalmente estabelecidos para toda criança e adolescente, portador (a) de deficiência ou não. No que se refere à criança e ao adolescente portador de deficiência, essa legislação significa um importante caminho para o exercício de direitos até então presentes em declarações genéricas e abstratas, mas muito poucas vezes praticadas, por falta de mecanismos eficazes (MAZZOTTA, 2005, P. 82).·.
O direito de cada criança a educação é proclamado também na Declaração de Salamanca de 1994, que nos diz o seguinte:
[...] escolas deveriam acomodar todas as crianças independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras. Aquelas deveriam incluir crianças deficientes e superdotadas, crianças de rua e que trabalham crianças de origem remota ou de população nômade, crianças pertencentes a minorias linguísticas, étnicas ou culturais, e crianças de outros grupos desavantajados ou marginalizados. (DECLARAÇÃO DE SALAMANCA, 1994)
  Portanto, esta declaração, evidencia que, toda e qualquer pessoa portadora de deficiência tem o direito a expressar-se com relação a sua educação, ressaltando também aquelas as quais não apresentam algum tipo de necessidade educativa especial, esta também é assegurada pela Declaração.                                                                                                   Todavia, as escolas devem ter consigo o compromisso de se buscar meios de dar a estes educandos uma educação equivalente as suas necessidades, não só por possuírem algum tipo de limitação, mas sim por dever, amor, de se dispor a colocar-se no lugar do outro, no artigo 58 da LDB (9394/96), esta diz claramente que os portadores de necessidades educacionais devem frequentar a rede regular de ensino e que esta deve possuir serviços e profissionais especializados para atender as particularidades de cada sujeito.                                                                                                                             Entretanto, sabemos que estas ações, já podem ser vistas nas escolas, porém sabe-se que alguns profissionais precisam adequar-se para atender a demanda que já acontece de maneira bem expressiva.                                                                                                  Quando a educação inclusiva acontece na escola, e esta consegue ser compreendida por todos que ali estão inseridos, entendemos que a criança não precisará torna-se normal para que seus direitos sejam respeitados na sociedade.                                                                                                            
Nesta perspectiva, entende-se que incluir é amar, aceitar o sujeito com suas especificidades e desenvolve-lo respeitando suas limitações, buscando incansavelmente integra-lo com seus pares.  
                                                    
Alguns aspectos e terminologias
                             
 Existem muitos conceitos e terminologias referentes á deficiência mental sendo elas: deficiência intelectual, déficit cognitivo, deficiência mental e retardo mental, apesar de que essa ultima terminologia não é mais usada por questões de criticas de autores engajados nessa área que é a Educação Especial.                                                                              Deficiência Intelectual ou Déficit Cognitivo, de acordo com a psicopedagoga Valéria, este  é um termo usado para pessoas que apresentam algumas limitações no seu funcionamento mental e no desempenho de tarefas como, por exemplo: comunicação, cuidados pessoais e convívio social, estas limitações costumam provocar uma lentidão na aprendizagem e no seu desenvolvimento também.                                                           Segundo a revista Infoescola ao relatar acerca dessas terminologias, ela traz a definição de ambos: Deficiência Mental e Doença Mental, e nota-se a preocupação em não confundirmos esses dois termos, pois é distintos   o primeiro refere-se de que o portador de necessidades educativas especiais, mantém a percepção de si mesmo e da realidade que o cerca, sendo assim capaz de tomar decisões importantes de sua vida, porém o doente mental tem seu discernimento comprometido, caracterizando um estado da mente completamente diferente da Deficiência Mental.                                                                    Faz-se necessário o uso das nomenclaturas corretas e adequadas ao momento atual, evitando assim o aumento aos preconceitos existentes, agindo dessa forma mostramos preocupação com os termos pejorativos carregados de estigmas que por fim influenciam as práticas atuais de exclusão social e educacional.                                                                        Para que se construa uma sociedade inclusiva, faz-se necessário que algumas mudanças possam ser efetivadas nesse sentido. Primeiramente deve ser levado em conta o respeito e o cuidado com as linguagens expressadas involuntariamente ou não quando se referem às pessoas com algum tipo de deficiência.                                                                                       Ouvimos e lemos, a todo o tempo termos incorretos e inadequados a respeito às pessoas que possuem algum tipo de necessidade especial. Entretanto, o objetivo desse trabalho é tentar de alguma forma e clarear algumas dúvidas que podem surgir sobre a temática apresentada.                                                                                                                   Devemos estar atentos às expressões ao tratar com o outro, não porque são deficientes, mas porque antes de qualquer dificuldade que possam apresentar, são pessoas e somos iguais, sim respeitando-os e direcionando-nos o tempo todo em busca de crescimento como ser humano, que se dispõe e que tem a graciosidade de se colocar no lugar do outro.  Segundo Sassaki (2003), em terminologias sobre deficiência na era da inclusão, ele chama-nos a atenção nessa questão de nos referirmos a um adolescente normal, (criança, adulto) que não possua nem um grau de deficiência, pois muitas pessoas usam essa expressão, porque isso já foi incitado em nossa sociedade desde os primórdios, em virtude da desinformação e preconceitos gerados nas épocas passadas.                                 Observa-se que a sociedade acreditava ingenuamente na normalidade das pessoas que não possuíam algum tipo de deficiência, deixemos claro, através do relato segundo o autor, que o termo correto para esta pessoa intitulada de normal é: adolescente (criança, adulto) sem deficiência ou não deficiente.                                                                                              Percebe-se, que na década de 80, esses termos eram bastante utilizados, porém de forma incorreta. Todavia a partir de 1981, por influencia do Ano Internacional das Pessoas Deficientes, estabelecido pela ONU, em meados do ano de 1981 entraram em uso as expressões ¨pessoa portadora de deficiência¨ e ¨portadora de deficiência¨, que permanece até hoje.                                                                                                                                Segundo Maria Isabel Silva, quando relata em seu artigo acerca do porque desses termos, é que a ¨diferença entre esta e as anteriores é simples: ressalta-se a pessoa, acima de tudo, independentemente de suas condições físicas, sensoriais ou intelectuais.                   Também em um determinado período acreditava-se como correto o termo ¨especiais¨ e sua derivação ¨pessoas com necessidades especiais¨ ¨Necessidades especiais¨ quem não as tem, tendo ou não deficiência? Essa terminologia veio na esteira das necessidades educacionais de algumas crianças com deficiência, passando a ser utilizada em todas as circunstancias, fora do ambiente escolar.                                                                                  Portanto, o termo deficiência substituiu o vocábulo anormalidade, mas é comum se lidar com a deficiência como algo definitivo, nesta perspectiva, a pessoa com deficiência, é vitima do estigma gerado pela própria sociedade, tornando-a como incapacitada, inclusive até para alcançar intentos em sua vida.                                                                                 Não se rotula a pessoa pela sua característica física, visual, auditiva ou intelectual, mas reforça-se o individuo acima de suas restrições. A construção de uma verdadeira sociedade inclusiva passa também pelo cuidado pela linguagem. Na linguagem se expressa, voluntária ou involuntariamente, o respeito ou a discriminação em relação ás pessoas com déficits. Por isso, precisamos sempre lembrar-nos que a pessoa com deficiência antes de tê-la é, acima de tudo ser humano.

Compreendendo os níveis dos Déficits 
                             
 Segundo Piaget, quando discorre acerca do que seria o conhecimento, ele propõe de maneira geral de como se daria esse processo, e deixa evidenciado que o conhecimento não está no sujeito e nem no objeto, mas sim na interação e construção de ambos com o meio no qual se encontram inseridos.                                                                                        Para Mantoan (2004), o ato de conhecer se dá a partir das ações humanas, como por exemplo, o respirar, comer, pegar e outros, e que essas atitudes também precisam estar ligadas         com o meio, físico, social, natural e cultural do ser humano.
De fato, quando um bebê olha e pega um brinquedo, reúne, afasta, atira, descobre, empilha outros, morde-os, suga-os, ele coordena entre si ações que lhe permitem conhecer e ajustar-se ao meio, vencendo pouco a pouco suas resistências, pela modificação desses modos de agir, às condições peculiares do objeto. (MANTOAN,2004 p,20).
 Devido à ideia aqui exposta pela autora, em que as ações humanas, como ponto de partida do conhecimento, levam-nos a pensar na questão do déficit intelectual em qualquer um dos seus níveis, seja ele real ou circunstancial, por isso a relevância de aborda-los neste ponto.                                                                                                                                 Na abordagem de como se daria o déficit real, levando em questão as limitações que a criança possui são interpretados pelos impedimentos de ordem motor ou sensorial e esta provoca dificuldades, a não interação da criança com o meio, e nessa troca deficitária é observada quando essa criança precisa agir para conhecer o mundo e assim sistematizar os conhecimentos já adquiridos.                                                                                                Segundo Mantoan (2004) ao discorrer acerca dos déficits circunstanciais, ela refere-se do que se tem sido feito em pesquisas com relação a essa evolução, da importância de se buscar conhecer o desenvolvimento da inteligência impreterivelmente na primeira infância.   Pois há relatos segundo a autora, que foram feitas pesquisas com crianças das idades entre doze, dezoito e vinte e quatro meses, em grupos com etnias e conjunturas diferentes, e tais pesquisadores envolvidos nesse processo, descobriram a importância das desigualdades sociais no crescimento intelectual de crianças até os dois anos de idade.
[...] o pesquisador verificou que, embora as diferenças de nível social não apareçam em crianças de 18 e 24 meses, quando elas atingiam os três anos de idade suas respostas ao mesmo teste acusavam uma diferença média de 23 pontos para menos nos Q.I. Com relação às respostas apresentadas por crianças de grupos sociais mais favorecidos sócios culturalmente. (MANTOAN,2004 p.23).
 Porém, esses estudos de Golden com crianças precoces nessa faixa etária não dirá absolutamente que essa criança será inteligente quando crescer, mesmo sabendo da existência do vínculo materno entre mãe e bebê, pois se sabe também que essa criança precisará de estímulos para desenvolver-se estabelecendo as trocas com o meio em que vive.·.
[...] Assim, se uma criança não tem quem lhe faça perguntas e a quem pedir ou fornecer explicações, se não com oportunidade de relatar suas experiências passadas e de pensar sobre as futuras, enfim, se não está habituada a estabelecer trocas intelectuais que a prepare para se adaptar ás exigências de um mundo...(MANTOAN, 2004, p. 24)           
 Nota-se que esse comportamento é algo que não está estabelecido nos casos onde se encontram os níveis de déficits reais, entretanto quando se fala em cognição, não poderia deixar de citar Piaget em sua teoria acerca do conhecimento e quando fala dos níveis intelectuais tanto superior quanto inferior, eles representam estágios de discernimento e não possuem acepção de valores.                                                                              Portanto, segundo Mantoan (2004), que nos favorece com sua explanação a respeito sobre déficit intelectual, e quando fala dos níveis do desenvolvimento cognitivo em qualquer um dos casos, inferior ou superior, que são possibilidades e que qualquer ser humano independentemente de sua classe social pode desenvolver-se, portanto é a partir dos dois anos de idade que a criança começa a chegar ao período representativo, e é nesse momento que a educação dada pela família e pela escola é tão importante, esses estímulos agem no desenvolvimento intelectual dessa criança.                                      Entretanto, no que diz respeito ao déficit circunstancial as intervenções pedagógicas são poucas limitadas, ao contrário do déficit real que possui um propósito de cura. Pois os déficits circunstanciais vão progredindo à medida que o sujeito também se desenvolve e com isso esse obstáculo vai se fortalecendo de uma maneira negativa, e com esse adiantamento fica mais difícil de tratar e em algumas situações até difícil de trata-la.             Pode-se entender também que esse tipo de dificuldade não é somente um mal que acomete as pessoas de baixa renda, e sim qualquer individuo que apresente algum tipo de atraso cognitivo, porem não há duvidas de que se encontram mais casos, em famílias socialmente menos favorecidas.                                                                                   Entretanto, relatos da autora acima citado, que o ambiente também favorece, na necessidade de que todos precisam trabalhar e muita das vezes, mães carecem deixar seus filhos para que possam ser educados por outras pessoas, e em sua maioria despreparadas para tal função. Entende-se que não há estimulação no desenvolvimento intelectual dessa criança, por estarem acostumadas a receberem nas mãos tudo que precisam.                                                                                                                                 Em relação ao nível inferior do desenvolvimento cognitivo, estão enquadrados aqueles sujeitos que conseguem realizar trocas não figuradas com o meio, e no grau superior ficam aqueles que conseguem ultrapassar do pensamento prático ao conceitual, sendo que são níveis de possibilidades de conhecimentos livremente da conjuntura cultural no qual estão inseridos.                                                                                                                                  E se uma criança não é estimulada a tal ponto de que se peçam informações e a mesma forneça respostas, se esta não tiver a oportunidade de contar suas experiências passadas e futuras, ela terá forte propensão a ter deficiência no nível real.
    [...] Se em se tratando de crianças normais, o período sensório-motor, não é aquele em que a influência das pessoas que a assistem, tem uma influencia marcante no seu desenvolvimento, quando se trata de crianças com déficits reais, a situação é bem outra. (MANTOAN, 2004, p.26)

Entende-se, que há a necessidade de se respeitar o tempo da criança, e é importante estar disponíveis todo o meio para que essas trocas sejam efetivadas, oferecendo a estas, recursos e respeitar suas escolhas, provocando interações porem sem impor, entretanto há aquelas crianças que possuem alguma limitação, não permitindo o seu deslocamento até o brinquedo, nesse momento podemos intervir para que essa criança também possa sentir e tocar.·.

Como intervir?

     A deficiência intelectual trás várias complicações para a criança que a possui, provoca dificuldades e impede que essa criança consiga interpretar conteúdos abstratos, é nesse momento que entra a intervenção do professor. Ele precisa diversificar as metodologias fazendo uma relação com as matérias curriculares, não com a intenção de facilitar o processo de aprendizagem desse aluno, mas sim para dar um norte.
Faz-se necessário que esse sujeito desenvolva seu raciocínio, mostrando para esse aluno exemplos concreto para ilustrar ideias mais complexas, como os recursos audiovisuais e experiências práticas complementares, fazendo um elo de novos conhecimentos com os que já foram adquiridos.                                                                                                                     Portanto, o professor é capaz de identificar as habilidades e competências que esse aluno já possui, propondo no cotidiano as atividades concomitantes com os conteúdos mais diferentes, porém sem ter a intenção de inclusão nessas ações, esse aluno precisa sentir que faz parte do contexto escolar.·.
Vale salientar, acerca da importância de flexibilização do tempo das aulas para que se possam realizar as atividades propostas para esse aluno. A integração desses educando com o restante da sala é um fator muito importante, porque há aqueles que possuem habilidades sociais mais limitadas, o que pode tornar mais melindroso sua integração com seus pares.·.
O professor também vai fazendo a mediação, colocando para esse aluno a necessidade de realização das tarefas e as etapas que precisam ser seguidas pelo mesmo. Muitas crianças possuem algum tipo de dificuldade na aprendizagem escolar e na aquisição de novas competências. Todavia mesmo com toda essa problemática é possível que elas alcance sua dependência ao longo do seu desenvolvimento em sua vida.                                                              Sabe-se que educar alunos que possuem deficiência intelectual requer paciência, pois sabemos que os desafios educacionais são grandes, a repetição de explicações e a correção de comportamentos inadequados são quase sempre necessárias.                                                            O professor mediador, deverá promover um ensino igualitário e sem desigualdade, já que quando se fala em inclusão, não estamos falando só dos deficientes e sim da escola também, onde a diversidade se destaca pela sua singularidade, formando cidadãos para a sociedade.                                                                                                                                          Segundo Mesquita e Medina, quando relatam em sua analise acerca do papel do professor, expõe suas ideias que:
[...] a inclusão é um motivo para que a escola se modernize e os professores aperfeiçoem suas práticas e, sendo assim, a inclusão escolar de pessoas deficientes torna-se uma consequência natural de todo um esforço de atualização e de reestruturação das condições atuais do ensino básico. (Mesquita e Medina apud MANTOAN, 1997, p 120).        

Todavia, sabemos que por mais boa vontade que tenha o professor, sozinho ele nada conseguirá, ninguém consegue dar conta desse processo, precisa-se do envolvimento da escola, todos precisam saber do que esse aluno precisa, de como trabalhar com ele, o que cobrar o que falar. O aluno de inclusão não é trabalho de um professor, e sim de todo o grupo escolar.                                                                                 A concepção de uma escola inclusiva, deve ser reconhecida nas diferenças humanas como normais e a aprendizagem deverá ser centrada nas potencialidades do sujeito, ao invés de impor aos educandos rituais pedagógicos preestabelecidos.                                   A viabilidade da inclusão dos alunos com necessidades educativas especiais no sistema regular de ensino, requer o movimento de condições básicas como: reformulação de programas educacionais e formação dos profissionais.                 

Como trabalhar com esses alunos na escola?

 A deficiência intelectual trás várias complicações para a criança que a possui, provoca dificuldades e impede que essa criança consiga interpretar conteúdos abstratos, é nesse momento que entra a intervenção do professor. Ele precisa diversificar as metodologias fazendo uma relação com as matérias curriculares, não com a intenção de facilitar o processo de aprendizagem desse aluno, mas sim para dar um norte.                                Faz-se necessário que esse sujeito desenvolva seu raciocínio, mostrando para esse aluno exemplos concreto para ilustrar ideias mais complexas, como os recursos audiovisuais e experiências práticas complementares, fazendo um elo de novos conhecimentos com os que já foram adquiridos.                                                                                                     Portanto, o educador é capaz de identificar as habilidades e competências que esse aluno já possui, propondo no cotidiano as atividades concomitantes com os conteúdos mais diferentes, porém sem ter a intenção de inclusão nessas ações, esse aluno precisa sentir que faz parte do contexto escolar.                                                                                             Vale salientar, acerca da importância de flexibilização do tempo das aulas para que se possam realizar as atividades propostas para esse aluno. A integração desses educando com o restante da sala é um fator muito importante, porque há aqueles que possuem habilidades sociais mais limitadas, o que pode tornar mais melindroso sua integração com seus pares.                                                                                                                                   O professor também vai fazendo a mediação, colocando para esse aluno a necessidade de realização das tarefas e as etapas que precisam ser seguidas pelo mesmo.                       Muitas crianças possuem algum tipo de dificuldade na aprendizagem escolar e na aquisição de novas competências. Todavia mesmo com toda essa problemática é possível que elas alcance sua dependência ao longo do seu desenvolvimento em sua vida.                 Sabe-se que educar alunos que possuem deficiência intelectual requer paciência, pois sabemos que os desafios educacionais são grandes, a repetição de explicações e a correção de comportamentos inadequados são quase sempre necessárias.


  
Considerações Finais

Um projeto mesmo de vida, necessita de uma fundamentação, isto é uma base que direcione o caminho durante a sua execução. A partir desta preocupação, e com a articulação de educar pessoas, existe vários objetivos que permeiam o trabalho da escola em especial atenção a Educação Especial.                                                                       Respeitar cada aluno em seu próprio tempo e jeito de aprender, oferecendo-lhe orientação e apoio pelo tempo que precisar, exige a quebra de toda a padronização do acompanhamento do professor.                                                                                          Nenhum professor possui a habilidade de acompanhar, ao mesmo tempo todos os alunos, sobre o todo de sua aprendizagem, ou de orientar a todos da mesma forma e na mesma direção. Entretanto, este processo não é tão simples, levando-se em contas a construção da independência em prol de sua autonomia. E isto demanda muita cooperação, disposição e observância das práxis, até que se chegue a uma integração dos saberes, que orientarão a sua prática docente.                                                                                                        Portanto isto significa uma oportunidade de experimentar essa prática, nas relações interpessoais, no crescimento e amadurecimento pessoal através das interações cotidianas.                                                                                                                                   Para estes alunos que estão imersos em um universo, em que possam ser capazes de exercer a cidadania de forma coerente, com sua identidade preservada, é necessário que estes se desenvolvam integralmente, e com direitos a uma autonomia e liberdade de ação, transformando os momentos de aprendizagem, em momentos de sociabilidade com segurança.                                                                                                                                Este desafio requer uma parceria entre sociedade e instituição que é reservado para desenvolver a cidadania envolvendo conhecimentos, atitudes habilidades, valores, formas de pensar e agir contextualizadas ao social. Portanto o desenvolvimento profissional corresponde ao curso superior somado ao conhecimento acumulado ao longo da vida.          Vale salientar que é necessário, além de uma postura, competente, ética comprometida com a profissão, ter coragem para promover transformações, alcançando os objetivos propostos com os aspectos específicos do aluno.                                                                  E isto exige uma reflexão profunda, acerca das questões e discursões, que ocorrem no cenário educacional, e uma necessidade de reconhecer na Educação, um princípio, uma perspectiva construtivista, que não é apenas teórica, ou crítica, mas também autocrítica.     O professor precisa se aperfeiçoar de forma contínua, e ter a consciência que ele é um agente transformador. Precisa sair em busca de novos conhecimentos, criar e recriar novas técnicas para que seus aprendizes não sejam meros repetidores e sim construtores de conhecimento.



 REFERÊNCIAS

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Deficiência Intelectual: realidade e ação/ Secretaria de Educação, Núcleo de Apoio Pedagógico Especializado – CAPE; organização Maria Amélia Almeida- São Paulo; SE, 2012.

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EDUCAÇÃO, CIDADANIA E EXCLUSÃO À LUZ DA EDUCAÇÃO ESPECIAL - RETRATO DA TEORIA E DA VIVÊNCIA, Simone Rocha Matos.
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JANNUZZI, Gilberta de Martino, a educação de deficientes no Brasil, dos primórdios ao inicio do século XXI/ Campinas S.P, Autores Associados, 2004- (coleção educação contemporânea).

MANTOAN, Maria Teresa Eglér. O desafio das diferenças nas escolas. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.

MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Ser ou Estar: eis a questão, Explicando o déficit intelectual, Rio de Janeiro: WVA, 2004, 168p.

MANTOAN, Maria Teresa Eglér, A integração de pessoas com deficiência: contribuições para uma reflexão sobre o tema, São Paulo, Memnon; Editora SENAC, São Paulo; 1997.

MAZZOTTA, Marcos Jose Silveira, Educação Especial no Brasil, História e políticas públicas, 5 ed, São Paulo; editora Cortez, 2005.

O Papel do Professor Diante da Inclusão Escolar Ana Paula Mesquita da Silva e Aparecida Luvizotto Medina Martins Arruda